sexta-feira, 30 de julho de 2010

Um conto que escrevi

Ela era uma garotinha ruiva baixinha e estava num vestidinho branco e rendado. Encontrei-a por acaso, tinha andado muito e estava cansado, naquele dia tinha mi convencido que meu pai havia sumido para nunca mais voltar.
ela estava sentada na calçada em frente a praça bandeirantes, já devia ser uma 18:30 e os drogados e mendigos já se dirigiam as suas camas, mas ela continuava ali com os olhos baixos a cutucar a terra. ainda lembro de pensar:"como é que deixam essa menininha sozinha assim? será que ela também não tem pai?" e durante muitos anos isso se repetiu, não podia ver uma criança sozinha que logo pensava que ela não tinha pai, pelo menos assim eu não era o único diferente.
Comecei a lembrar de quando vinha aqui com ele, eu adorava brincar nos balanços, escorregadores e todos aqueles brinquedos que tem nas praças, ele só lia o jornal enquanto fumava. Mi sentia feliz. as vezes após pular de algum brinquedo, eu olhava na direção dos bancos como par mi certificar que ele ainda estava lá, é uma ótima sensação saber que alguém zela por você.
Então ele dobrava o jornal e dizia:
- já esta na hora de ir embora vamos?
- só mais um cigarro, rapidinho
- esta bem só eu terminar esse
Essa era a forma de contar o tempo que ele mi ensinou, essa é só mais uma das inutilidades que carrego para o resto da vida. Quando ele terminava íamos os dois lado a lado, pra casa sempre conversando, eram as horas mais felizes da minha semana.
Pensei em ir lá conversar com a ruivinha, perguntar se ela realmente não tinha pai, porem isso ficou somente como pensamento, logo a mãe dela a chamou para dentro ela foi correndo.
E eu aprendi tudo um dia acaba.


terça-feira, 20 de julho de 2010

Realidade

Eu devia ter uns 13 anos e tudo que gostava de fazer era ouvir legião urbana e ficar a toa, imaginando situações hipotéticas. Não era necessário enfrentar a realidade.
De manha ia a escola e ficava no meu canto, via uma coisa ou outra de interessante mas na maioria das vezes tudo passavam batido, sem importância.
A tarde que eu mi divertia, sozinho em casa eu podia tudo, e  tudo mi cabia, desde ficar pelado coçando, ate inventar as mais mirabolantes formas de fugir de casa, minhas historias eram idênticas, sem realidade, sem os outros, sem explicação, sem formula só uma fuga total.
Era divertido, não mi preocupar com a realidade, pena que esse tempo acabou.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

meu amigo

Madrugada falta do que fazer dá nisso

Meu amigo me disse para postar algumas coisa aqui, algo sobre como foi meu dia isso poderia ser relaxante, ser bom para mim então escrevi:


Dia legal, simples mas bom. Não gosto de dias assim. Prefiro os movimentados em que  acabo dormindo no sofá, de tão cansado. Quando eu corria pra fazer um monte de coisa, eu mi sentia cansado a noite, mesmo sem saber onde toda aquela ação iria mi levar, eu dormia bem.
Talvez esteja passando por um momento de solidão e auto conhecimento.


ele logo comentou:
CARALHO, pensei que isso seria tão chato, mas definitivamente você ultrapassou todos os limites.


fique pensando.......

Tive uma noite ótima

não, eu não fiz sexo com ninguém, nem mi droguei, bem quase, fumei ate ficar tonto ai ouvindo o final do cd Histórias Reais Seres Imaginário do banda Nenhum de Nós,eu pensei nela, profundamente. em como a nossa historia poderia ser e em como eu ainda penso nela, como a idealizo.
Isso mi fez ter um orgamasmo mental, foi incrivel.

domingo, 18 de julho de 2010

Crime

Ultimamente tenho pensado em fazer um assalto, ou qualquer outro tipo de crime que renda dinheiro o bastante pra não precisar trabalhar ou mi prostituir. Pode ser vender drogas, roubar um carro forte ou caixas eletrônicos
a lista é quase infinita.
Não mi critiquem eu sou legal gosto de MPB, leio bastante, ate entendo as ironias das musicas do Raul, Porem preciso mi alimentar, mesmo pra revolucionar o mundo, os costumes e o sistema económico, preciso continuar vivo, e isso sai carro pra caramba.

sábado, 17 de julho de 2010

Sabado ensolarado com gostinho do passado

Hoje finalmente o sol saiu. sábado de sol a pino e céu sem nuvens, e eu estou feliz, sonhei com meu passado, a muito tempo não sonhava assim. no sonho eu consertava tudo, ou pelo menos fazia coisas que por medo ou insegurança não fiz. e na festa de formatura no finalzinho do ano eu mi declarei para a menina que já fui apaixonado. de um jeito perfeito

  - Oi, tudo bem?
  - Melhor agora nos seus braços - pausa pra da efeito  - hol isso foi uma cantada!!
ela não respondeu nada, não é meu costume agir assim, mas eu continuei
  - Paulinha, você é linda, e eu já fui apaixonado por você, não sei se por você mas pelo seu corpo, seus olhos, sua imagem. na verdade não ti conheci muito por dentro, saiba que você era uma menina carinhosa que precisava ser protegida e que tem olhos lindos, e só. dai ti imaginei das mais diferentes formas, forte, metida, solteira , casada com traficante, gravida,casada comigo, inocente, malandra, supre poderosa... e dá por diante, sempre tive uma grande imaginação porem em todas as versões da historia eu ti ganhava no final, nenhuma dessa era você assim com a realidade não é essa a historia. sempre fui muito fechado em mim mesmo, por isso ti imaginei ao invés de ti conhecer, por isso não sei se mi apaixonei por você ou pela minha criação de você. nada disso importa agora, você ainda é linda e sempre vou ter um carrinho especial por você.
ela mi olhou assustada e eu completei
  - Nossa resumi 4 anos da minha vida em um minuto

Tá não foi um texto de Shakespeare mas ate que mi sai bem de mais. Nunca vou esquecer esse tempo, nem essa menina, outro dia conto essa historia na integra. Por hora vou aproveitar o sol.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Definindo minhas dirretrizes

Estou abrindo esse espaço para falar de tudo q não posso dizer no outro blog q tenho ou na vida real, seja por machucar as pessoas, ou pra q elas não mi machuquem.
anonimato mi da uma grande segurança.


"Quando tá escuro
E ninguém me vê
Eu enxergo melhor"